segunda-feira, 11 de abril de 2011

Três livros que não devem ser comprados

Olá, tchurma!
Hoje eu vou falar mal de três livros que, segundo eu, não deveriam ser comprados. Por ninguém. Nem pela sua mãe.
São dois livros universitários e um de ficção. Prontos?

1) Mechanics, do Symon

Não achei imagem melhor
Este é um livro para quem está cursando física, mais precisamente a disciplina de Mecânica Clássica (eu reprovei, depois mudei de curso).
Você pode adquirir a versão em português (conhecida como Simão), mas a tradução é tão ruim (pelo menos é o que parece), que você decide então arrumar o original, em inglês mesmo.
Aí você descobre que a tradução não era ruim. O livro era ruim.
Beleza, João, mas eu vou usar essa bosta obra somente para fazer os exercícios.
Legal, então você vai fazer os exercícios. Só não esquece a sua tabela de conversão, porque as unidades do livro em inglês estão no sistema inglês, obviamente.
Resumindo: vai ser preciso usar as duas versões do livro. Uma para os textos (na em inglês é uma porcaria, mas em português é pior) e outra para os exercícios.
Lembrando que o livro pesa uns 500 quilos (ou 1102 libras).

2) Fundamentos de Análise de Circuitos Elétricos, do Johnson
Só serve para fazer exercícios
Aproveitando a minha menção de mudança de curso (da Física para a Engenharia Elétrica), não posso deixar de falar mal do livro do Johnson (ou dos Johnson, já que tem dois deles).
É o livro-texto da disciplina básica de circuitos elétricos. Talvez seja a disciplina mais importante do curso e é uma pena que adotem esse livro.
Trata-se de um monstro de quase mil páginas que aborda vários assuntos pertinentes aos princípios básicos de circuitos. Mas o texto, assim como o Symon, é muito ruim.
Duvido que alguém consiga ler 5 minutos desse livro sem dormir.
Eu só vi a versão em português, mas a em inglês deve ser ruim também.
A única coisa boa são os exercícios, que são bem variados e ajudam a estudar. Faça o seguinte: xeroque os exercícios e jogue o resto fora.

3) Atlantis, do David Gibbins

Este é melhor ficar fechado
Eu vou confessar que fui enganado pela capa. Um desenho de mármore com letras douradas e em alto relevo, além de um resuminho bacana atrás, prometendo uma história de aventura e mistério me levaram a comprar o livro.

Spoiler!

A história envolve pesquisadores de uma universidade que descobrem pistas sobre a suposta cidade perdida de Atlântida. Até aí, tudo bem. O problema é que o personagem principal é um arqueólogo muito fodão que sabe tudo sobre tudo. Não existe obstáculo que não pode ser superado pela super equipe de arqueólogos que inclusive sabem usar armas de fogo com maestria, além de dominar artes marciais. Eles simplesmente se deparam com um problema e em cerca de segundos, zap! Aí está a solução.
Você já assistiu o desenho do Riquinho? Lembra que ele sempre tirava alguma coisa dos bolsos, da mochila e até do cu ou do que quer que seja e resolvia qualquer coisa? Por exemplo, ele se depara com um penhasco sem ponte para atravessar e fala: "Ainda bem que eu trouxe minha ponte automática de bolso que o professor me deu!" e zap! Atlantis é a mesma coisa!
Sem falar que ele tem o final mais cliché que existe. O vilão é o pai da mocinha. É quase uma novela mexicana.
Eu li até o final só de pirraça. A história tem um clima de que algo muito foda vai acontecer. Mas nunca acontece. Me senti um torcedor corinthiano assistindo à Libertadores.

Conclusão
A não ser pelos exercícios do livro do Johnson (que você deve xerocar), existe uma, somente uma boa utilidade para estes livros:


Preços: Symon: R$ 273,00
             Johnson: R$ 169,90
             Atlantis: R$ 29,90
Notas: 1.0, 2.0 e 0 respectivamente.

Tchau.


2 comentários:

  1. Bom, de Mecânica Clássica, acho que eu nunca usei o Symon... Se pá no comecinho da matéria, mas depois eu larguei mão de estudar

    Ah sim, cheguei a tentar estudar o formalismo lagrangeano, mas ele era uma merda mesmo.

    Faltou Dan Brown na sua lista, hehehe.

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  2. Esse cara deve ser fã do Dan Brown, pq a capa parece muito o livro dele! E na verdade, acho q a culpa do livro ser ruim nem eh do Simão poxa, clássica que é uma matéria que ninguém dá jeito mesmo asuashaushasuha

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